Carlos do Carmo em Poblenou Lyrics

Num punhado de ausência, um mergulho sem rumo

No traço das horas, das memórias que arrumo

Comboio nocturno, seus silêncios roubados

Despedem-se na estação dois corações mal atados

Entre o silencio urbano, a saudade dispara

Cantos e danças da cidade molhada

Das lágrimas soltas, marés de pouca sorte

Ficam na areia sonhos dados à morte

Ventos quentes distantes, arrefecem cá perto

Despedidas em eco nas dunas do deserto

Nas pautas de noite, sem acordes tocados

Brilham amigos no céu, de estrela disfarçados

Lábios tintos, episódios do ócio

Mesas e Vinhos por um caleidoscópio

Noites felizes, conversas mal acabadas

Laços tecidos de mágoas entrelaçadas

Pontes invisíveis, sobre os rios da idade

A nostalgia, é prima da saudade

Azul do céu foge, serenidade na rua

Revejo amigos nos reflexos da lua